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Mensagem  Sérgio Bantam Dom Abr 06, 2008 5:25 pm

Imagine que um exército inteiro foi escalado para uma batalha contra um povo inimigo e chegando a certa distância do campo de batalha resolve acampar para aguardar a hora de desfechar o ataque. As condições não são favoráveis e o exército aguarda o momento propício para o enlace final. O inimigo está inconsciente da presença desse exército pelos arrabaldes da sua cidade, mas o exército se mantém aquartelado no acampamento, quando depois de alguns dias começam a faltar víveres e outras provisões. O tempo vai passando e as tropas vão tratando de cuidar de alimentar as necessidades mais primevas. Começam a caçar, construir ferramentas, poços de água, utensílios, armas, roupas, enquanto a batalha fica postergada. As condições não são ideais, mas ao invés de as tropas tomarem uma postura objetiva na resolução da batalha, aguardam um momento onde a chance de vitória seja de cem por cento. O tempo passa e as barracas de campanha vão sendo substituídas por construções fixas, mais robustas e resistentes. Algumas mulheres que circundavam os limites das tropas vão sendo arrebanhadas como esposas e se aninhando à estrutura. O tempo passa e começam a surgir os primeiros filhos desse enlace. Mais tempo se passa e locais para distrações e entretenimento são construídos. O caráter mediano da tropa vai mudando e começa assumir uma postura mais pacífica enquanto aguarda a hora da batalha. O comandante morre de velhice e os soldados mais antigos também. Os filhos destes mantêm-se fiéis às obrigações paternais, mas não entendem bem a razão do início das desavenças. Mais algum tempo e a cidade que deveria ser atacada, cresce dia a dia e se aproxima área do aquartelamento que igualmente se expande. Mais uma geração, e o acampamento desfigurado transforma-se numa cidade. As duas cidades acabam por se fundir numa única. Criam-se leis e estatutos juntamente com uma organização social administrativa e comercial para gerir e amparar a cidade. Os anos passam e essa urbe esquece-se da sua origem. Todos acabam envolvidos numa construção e manutenção frenética desse exército que perdeu a razão de ser, não sabe mais ao que se opor, permanece um cadáver em pé que constrói algo para se manter distante da sua predestinação.

A raça humana esqueceu-se das suas obrigações com o destino que a gerou. Brinca de se manter, protela a razão pela qual foi criada. Porque todos trabalham? O que constroem indiretamente, a injustiça, a riqueza dos patrões, materializam o orgulho em concreto e ferro dos néscios que os escravizam? Por que se reproduzem tanto? Para esgotarem os recursos naturais, criarem pestilências, fezes, monturos, tensões pelo ajuntamento, guerras e mortes inúteis? Por que investem tanto em tecnologia? Para criarem armas de destruição em massa, conduzirem uma casta de vermes exploradores à fuga do planeta em naves avançadas quando as condições negativas geradas por estes últimos se fizerem insustentáveis? Por que tanta preocupação com o estudo formal, se geralmente usam seu aprendizado para conseguirem fortuna, e não auxiliam as hordas dos necessitados que não podem ressarci-los regiamente? Por que tanta preocupação com a religião se nunca serão capazes de se apartar da sua avareza, orgulho, ignorância e posses materiais?

Enfim
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