O que a religião verdadeiramente pode proporcionar ao Homem?

Sabe-se que as religiões já espalharam a ignorância entre os Homens, mas existem aqueles que dizem que a religião tem uma função importante na recuperação das pessoas em seus vícios ou em suas vidas que até então seguiam caminhos obscuros. Então em nossos dias atuais até aonde estenderia a contribuição ou não das religiões?

Por experiência, por indução dos pensadores e por obeservação posso dizer que a religião é uma necessidade social de o homem manifestar as suas fraquezas diante da sua ignorância. Mal sabemos o que nos afligirá nos próximos dez segundos e essa incerteza cria uma necessidade tentarmos lidar com elas. Na antiguidade da raça humana, muitos rituais e cerimoniais sacrificiais, em prol de entidades sanguinárias, supunham que a morte de um inocente com seu sangue pudesse aplacar a ira dessas entidades. Essas últimas poderiam a causa suposta de uma série de pelcalços com cataclismas, secas, inudações, vulcanismo, etc. Da mesma forma, a devoção, a oração, a oferta de objetos cerimoniais, e pequenos holocaustos, caracterizam nossas relações com o desconhecido a fim de inibir coisas que possam nos afetar de forma desagradável. Essas suposições, quando ordenadas e codificadas, se tornam o que chamamos de religião. O benefício é uma suposição baseada na fé ou crença. Uma presunção que vai além da esfera de cunho social horizontal e se interioriza até chegar ao ápice da verticalidade suposta como Demiurgo. Isso traz alívio e conforto, imbuindo o ente de uma áurea de calma e aceitação dos desígnios da vida com tranqüilidade. Essa sapiência artificial gerada pelo fenômeno da religião é positiva até então quando autêntica, sem a presença de parasitas que a exploram financeiramente.
Assim as religiões que mais contribuem, são as que mais dão e menos pedem. A avalanche de embusteiros que profanam a relação hierática dos homens de boa vontade, criando aberrações da fé com milagres de 2ª linha é apenas um fenômeno social-econômico e não religioso.